23 de março de 2024

Congruências

Amor é exagero,

Bálsamo de todo cheiro.

Visão de toda parte.

Talvez, Agora.

Ficção, Encarte?


O melhor do outono.

Cor da primavera.

Algo que se espera

e inspira aurora.

Trajetória premente

De pulsar febril.



 


A Métrica do Amor

 

A Métrica do Amor


No amor,
Um nada, fica muito.
Tudo é demais, 
superlativo.
Ser conciso, é impossível.
Ser preciso, é desperdício.
O improvável 
se apodera
te aprisiona 
e te seduz.

O amor sem métrica.
Imensurável.
Imprevisível.
Um 'Não Sei',
Ou sei,
Luz.




Limiar

 Constelações

encontram-se dentro de mim.

Algo transparente e

fascinante,

que me faz transpor
pedaços e
retalhos.

E, num repente,
algo apoteótico
se apodera do cenário cinza
que me abraçou
com insistência.


(Carmen Eugenio)



AMOR E CLARIVIDÊNCIA

 Ah! O amor...

quantas voltas nos faz dar,
quantas buscas, desencontros e acertos.
Quantas idas e vindas enfeitam uma história.
Lágrimas, sorrisos e abraços.
 
Quantos laços, casos e descasos.
O coração acelera, desespera e não se cansa
E o amor vai transformando tudo,
numa supremacia inquestionável.
Enfrenta nossas próprias marés,
desatina cantos cartesianos,
e desafia os maiores reveses.
 
O amor é a resposta. 
E na amplidão cor-de-rosa
surgem ainda inquisições pragmáticas.
E algo mais forte, sublime e cortês
que afaga e sussurra.
Do amor, quero a clarividência
para enxergar o que meus olhos não alcançam.



18 de março de 2024

Eixos e Avessos

 

Nosso encontro de avessos

É algo maior que meus horizontes,

É um transpor absoluto de suposições,

Composições e acervos.


Protagonizar ilusões

Pode até ser ironia,

agonia,

conjeturas.

Encontro a simetria sensata

quando abandono a teoria exata

no interpretar de suas palavras.


E assim, percorro o tempo

em rendição ao encantamento

de algum momento

em que verei sucumbir o eixo

que me aparta do seu eu

e dilacera minha vontade.

Verdades? O que são?