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7 de dezembro de 2020

TEMPO E REDENÇÃO


Abro os braços.

Existem motivos para seguir adiante.

Depois do sofrimento,

O aprendizado me faz confiante.

 

São nas trilhas dessa vida

Que encontro alegrias,

sorrisos e algumas armadilhas.

E tudo dá sentido aos dias.

 

Quando há revés

Faço oração,

Ocupo o tempo,

Acalmo o coração.

 

Tudo passa bem depressa,

A vida é feita de momentos,

Tem música, tem verso,

Na celebração de cada acontecimento.

 

As respostas virão com o tempo,

Vislumbro razões, aprimoro a mente,

O mundo corre pelas veias,

O sol sempre brilha novamente.





Cinza, Cor de Festa


Hoje o dia acordou cinza,

com jeito molhado,

Me dizendo sobre manhãs

De encanto e céu nublado.

 

O aroma era de café forte,

Algo cálido que se instalava

Enquanto a semana, por sorte,

Novos planos, anunciava.

 

E cantam bem-te-vis

Em dança que verte proeza

araras aos pares se espalham

Num espetáculo de rara beleza

 



 

 

 

 

 

19 de novembro de 2020

Dança Lua


             

Há pétalas sobre a varanda,

O sol invade a escuridão,

A bergamota que permeia o espaço,

Incensa e afasta a solidão.

 

Ela é plena, move o mundo

E expande o horizonte 

Convicções e zelo profundo,

Por ser terra, mãe e instante.

 

Seus credos e segredos,

Doce sopro e labareda,

Esplendor de certezas e medos

Descortinam azul vereda.

 

Alma negra dança lua

Que carrega tradição,

Uma força que cultua

Amor, entrega e emoção.

 





 

 

15 de agosto de 2020

MALABARISTA

Eleva teu olhar

Que o instante passa,

Esquece o tempo

E urgências rasas

Vê os malabares que encantam as esquinas.

 

A cidade talvez não perceba,

O espetáculo, a beleza, a destreza

Que invadem, resolutos,

Nossos frágeis palcos urbanos.

 

O arremesso preciso

Do artista com seu sorriso,

Oculta dor

e drama invisível

Que permeia a paisagem

De cenário contundente.

 

Arte de querer latente

Num pulsar transitivo

e despertar contrito.

 


 

 

 

10 de maio de 2019

Formato de Coração

Ele é especial

E sabe disso.

Nesse tempo,

É tanto e tudo.

 

Quando fala, quando indaga

ou quando fica mudo.

Quando torna-se movimento

ou paralisa qualquer instante.

 

Seus contornos, alquimia.

Derrete algumas verdades,

Meu impulso contagia.

 

Ele é, em meu mundo,

Um muito de todas as coisas,

De qualquer canto

E qualquer cor.

 

Por seus olhos,

Meu encanto, permeia.

Desejo sensorial pleno,

momentos sem chão.

Formato de coração.

 

Há ainda o arremate

De abraços e vontades,

espasmo de quereres.

 

E a cada encontro,

onde as certezas tiram o talvez,

Celebro com alegria

Estar ao seu lado,

Contando tudo,

mais uma vez.





 

 

 

 

 

 

 



7 de março de 2019

ENCONTRO E CALMARIA

A mensagem logo cedo é clara:
saudade não demora e
se instala.

Há logo a intenção de sobrepor retina.
Um repente que desorienta,
atrai,
manda recado,
troca segredos
e entrega calmaria.

Na escalada do contentamento
e algumas promessas,
já nem sei
se a dimensão do tempo
é a mesma que encontrei,
antes da sua chegada.

E à noite eu me aqueço
nos vãos de suas palavras,
sem rotina ou quase nada.
Eu tento, não me esqueço,
dançar no ritmo da sua toada.





 

 



                                                    

3 de março de 2019

Metafísico

A cada objeto seu,

faço uma leitura da sua alma.

 

Seus olhos,

me entregam imensidões.

Não há como não desejar

aprender todas as músicas,

e, em cada letra, viajo pelo seu eu.

 

Os sons do mundo me remetem

aos nossos instantes,

que estão em tudo.

Estão em mim.

 

Eu o bebo com vagar

e minha respiração revela

a propriedade magistral

da sua presença.

 



30 de junho de 2017

Acaso




Distraidamente

Deparei-me com frases

E atada aos seus efeitos

Nem pensei em recuar.

 

Apreços, avessos,

Canções e recomeços.

Tudo que não conheço,

Veio me abraçar.

 

Tudo quente e confortável

Nos instantes que restavam

Para que eu pudesse imaginar

Alguma coisa, qualquer coisa ou algo assim.

Estou aqui, aí, em algum lugar

E basta um instante para encontrar.



7 de setembro de 2011

Castelo de Areia



O castelo era de areia,
mas, mesmo frágil,
abrigava uma existência.

Emoções nasciam e
Desmoronavam
Naquele lugar.

 Apesar da vulnerabilidade,
Aquela inquietação não cedeu
ao perigo iminente.

E mesmo quando tudo escureceu
Restou um canto incandescente
Que insistia
no recomeçar de cada grão.

ENTREGA

Eu viajo pelo seu cheiro
E imagino o sabor da nossa aventura.
É difícil resistir a tamanha atração.
É humanamente irresistível
seu poder de persuasão.
É incontrolável.
Não consigo desviar,
Despistar,
ou negar o óbvio: sou louca por você.

Fico imaginando as consequências de uma entrega frenética:
Você, vivendo em cada curva do meu corpo,
Consumindo cada fração de pensamento.
Irrepreensível, magnético.
Sem fuga de paradigmas, estereótipos ou clichês:
Eu o desejo.
Quero você em minhas mãos,
em minha boca,
impregnando minha existência.

Não sei se preciso da sua presença
Ou se a invento
Se a anseio...
Mas, jamais
Terás minha indiferença
Porque é sentença, ainda que pecado...
Eu o adoro, Bolo de Chocolate.

 


(Carmen Eugenio)

3 de julho de 2011

ROMANCE COM MAÇÃ DO AMOR

Eu quero ser sutil,

sem parecer ingenuidade.

Eu olhei ao redor e não encontrei ninguém.

Esperei ver, novamente, 

um olhar, uma voz.

Desejei entender segredos,

dançar e caminhar sem pressa.

 

Quando queremos muito ver alguém

Ou o tempo não passa...

Ou passa rápido demais.

 

Não considero o impossível.

Em algum momento,

Vem o acalento

E o sentido à vida.

Romance com maçã-do-amor.

 


20 de fevereiro de 2011

E a Luz?


De vez em quando,
Sem perceber direito,
A luz

Desaparece
Não sei por quê,
Não sei como,
...para onde vai?


Fico a procurar

E a querer
Que não desapareça,
Não me abandone ao breu.
Ao suprimir o clarão
põe em chaga o meu coração.


E eu,
Despojada de postura estóica
Por demorada ausência,
Encontro-me em abstinência involuntária,

Da simbiose que me abraça
Docemente.

 


11 de fevereiro de 2011

Possível Sensatez

Ando sobre marés...
as águas levam o tempo
e o tempo muito me traz.


Algo, insistentemente,
querendo sobrevir à obliquidade
do meu pretenso auto-controle.
E por que não?
Surja,
rompa distâncias,
desafie hipóteses,
divirta-se volatizando retóricas
de alguma sensatez.
Se pensa, se aposta,
eu junto uns ´possíveis`
com vastos quereres
e dezenas de talvezes.


No espelho,
uma esfinge desnuda e atônita
espectadora do elo
com o fortuito surreal.

 

 

 


24 de dezembro de 2010

Signo Deleite


O amor transborda 

e o entorno fica diferente.

Há cores que cintilam

Sob um olhar reluzente.

 

Tudo brilha

com o deleite do lampejo.

A alma quer ouvir,

sentir novamente a proximidade

que rompe quietudes

e invade mistérios.

 

O céu está mais azul, o ar mais suave.

As pessoas com seus significados e signos,

agora fazem sentido.

 

E todas as melodias

Transportam para o infinito.

Encantam e transformam

o universo que floresce bendito.

 

 


19 de novembro de 2010

Limiar

Constelações
encontram-se dentro de mim.
Algo transparente e
Fascinante,
Que me faz transpor
pedaços e
retalhos.
E, num repente,
algo apoteótico
se apodera do cenário cinza
que me abraçou
com insistência.


(Carmen Eugenio)





Sinapse

Eu estava longe,
muito longe...
Libertada pela anatomia das palavras.
A cadência secular dos instantes,

constante,

me invadia

como o ar do dia.
Meus pensamentos se juntavam
e se dispersavam novamente.
Uma acrobacia insólita
diante de uma
uma estela circunspecta.


Carmen Eugenio



9 de novembro de 2010

Teu Conforto

Quero que saibas
o quanto me és caro,
ainda que incompreendido.
Teu conforto me é imprescindível.
Tua suavidade desliza em meu ser,
Rende meus sentidos.


Nada de propósitos sexys,
Aparições performáticas
Ou flashes vulcânicos.
Quero apenas essa sutilidade
que é o encontrar de minha pele
com tua insistência macia.


Tua simplicidade
Rompe minhas complexidades
que, largadas nesse deleite,
às portas de modorra,
contrário a um delírio coletivo
de noites ‘calientes’ em tramas quentes.
Encontros noturnos, serenos, singelos.


Já quis te substituir.
Em vão.
Teus personagens,
Embalam meu repouso.
Atando-me a ti.
Não consigo te deixar
Porque sinto que já somos
Coexistentes.


Eu, o luar das noites,
O mistério dos silêncios
e tu,
meu amado e velho pijama.

  



18 de maio de 2010

E FIM? ENFIM...

Engraçado como às vezes temos a nítida impressão de que erramos com alguém. Mas não sabemos como foi, onde, de que maneira que aconteceu...em que pedaço do caminho a gente se perdeu...se desconectou...
Só sentimos a cisão.
Que vontade de perguntar: onde foi que eu errei?
Mas, geralmente, ficamos sem resposta. Como se houvesse a obrigação de saber, como se estivesse implícita a responsabilidade da ciência do fato em si.
Eu não sei o que o outro pensa.
Eu não sei o que você pensa, enquanto você não me disser.
E porque a maioria das pessoas acredita que temos a obrigação de traduzí-las, só porque a amamos ou porque gostamos delas mais do que o normal?
Eu sou apenas um ser humano tentando acertar e ser feliz. Nada mais.
Tenho quase certeza de que muitas vezes a beleza, o dinheiro, a fama e o poder não significam,necessariamente, felicidade.
Esta, geralmente, está acompanhada de equilíbrio e inteligência emocional.
Gostaria, ao menos, de ter a chance de me explicar quando me sinto incompreendida.
Ou me achar, quando me sinto perdida.
E nem são poucas vezes assim...