A gente passa a vida procurando fora, o que está dentro da gente...
E assim, sigo abrindo portas, conhecendo pessoas, lendo sorrisos!
...e nos infinitos das flores e em cada canto deste mundo, passo a compreender melhor as cores que inundam meu abrigo, que enfeitam as esquinas e toda consagração.
A gente passa a vida procurando fora, o que está dentro da gente...
E assim, sigo abrindo portas, conhecendo pessoas, lendo sorrisos!
Distraidamente
Deparei-me com frases
E atada aos seus efeitos
Nem pensei em recuar.
Apreços, avessos,
Canções e recomeços.
Tudo que não conheço,
Veio me abraçar.
Tudo quente e confortável
Nos instantes que restavam
Para que eu pudesse imaginar
Alguma coisa, qualquer coisa ou algo assim.
Estou aqui, aí, em algum lugar
E basta um instante para encontrar.
e encontrei,
despretensioso
mas relevante,
um observatório permanente.
Fragmentos e arestas
permitiram inundar meus pensamentos.
Não há trampolins para mudança de fases
E muita coisa ficou para trás.
Beijos roubados, amores perdidos,
Encontros de elevador,
Monólogos num porão gelado.
Talvez, as chances de um abraço,
Aconteçam no vão mágico de um terraço.
Eu quero ser sutil,
sem parecer ingenuidade.
Eu olhei ao redor e não encontrei ninguém.
Esperei ver, novamente,
um olhar, uma voz.
Desejei entender segredos,
dançar e caminhar sem pressa.
Quando queremos muito ver alguém
Ou o tempo não passa...
Ou passa rápido demais.
Não considero o impossível.
Em algum momento,
Vem o acalento
E o sentido à vida.
Romance com maçã-do-amor.
O amor transborda
e o entorno fica diferente.
Há cores que cintilam
Sob um olhar reluzente.
Tudo brilha
com o deleite do lampejo.
A alma quer ouvir,
sentir novamente a proximidade
que rompe quietudes
e invade mistérios.
O céu está mais azul, o ar mais suave.
As pessoas com seus significados e
signos,
agora fazem sentido.
E todas as melodias
Transportam para o infinito.
Encantam e transformam
o universo que floresce bendito.