Não escapes
o tempo
inteiro,
e não insistas
nesse estranhamento débil,
por toda a vida.
Não há limite
para
incoerência do enredo
sem
sentido,
onde o inesperado
pode acontecer.
E, então,
a revelação,
o
extraordinário
jardim
das epifanias.
No bailar lispectoriano,
inclusive
o amor,
gravado
em turbulência,
denota o
perigo
de estar
só,
uma
solidão inexorável.
Viver é gênero da opulência,
viver é
bom.
Viver é
um processo,
pode
doer,
mas
existe o prazer,
infinito
e
intumescido,
pela sua
intensidade
que
transborda,
amiúde.
Para enxergar o belo
em um
universo de
conveniências
rasas,
existem
os detalhes,
que prescindem ao contexto,
descobertos pela hermenêutica
de um fluxo de consciência.
É
preciso ultrapassar o óbvio
das
utilidades perversas
e
inventar alguns paradoxos,
em que a
vida não poderá sucumbir.