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14 de outubro de 2022

33ª NOITE DA POESIA

Procurei legenda que estivesse
à altura dos convivas da imagem,
um letreiro ou qualquer coisa,
que indicasse no formato:
talentos de alta voltagem
reúnem-se para criação do fato.
É tanta alegria em extrato,
que poetas, atores e gestores,
nem precisariam de contrato.
Declamação, sonho, fantasia
e era apenas o ensaio,
da Noite da Poesia.
Mas fizemos nosso trato:
Daqui ninguém sai,
Sem o nosso porta-retrato!
(Carmen Eugenio)
A 33ª Noite da Poesia foi dia 29 de outubro de 2021, sexta-feira, 19h no Armazém Cultural! Uma realização da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Sectur e Uniao Brasileira de Escritores - MS. Tive a grata satisfação de participar na organização com essa equipe maravilhosa e apresentação





Carmen Eugenio com Sylvia Cesco, da UBE-MS




O GRUPO REVERBEL DE TEATRO

 E nos anos 90, em Campo Grande-MS, estreia o Grupo Reverbel de Teatro no Aracy Balabanian! A partir do meu projeto 'A Escola vai ao Teatro ', conseguimos o patrocínio da SED/ MS para cenários e figurinos, graças ao olhar de três educadoras que me conduziram e patrocinaram esse sonho: Júlia Marques (diretora da Escola Estatual Arlindo de Andrade Gomes, Leocádia Petry (Secretária de Estado de Educação e Prof Thiê Higushi Viegas. Um sonho e a vontade de uma arte-educadora e seus amados alunos da E.E. Arlindo de Andrade Gomes! O nome , em homenagem à Olga Reverbel, doutora universitária da UFRGS, que dedicou sua vida aos estudos sobre a importância e possibilidades do teatro na escola. E acreditem! Uma das minhas alunas, Marina Oliveira (canto direito foto), seguiu os passos de Olga e tornou-se mestre em Teatro na Universidade do Rio Grande do Sul! Muita emoção! Fomos premiados, caminhamos pelo estado levando a linguagem teatral a tantas escolas, fomos até onde não imaginávamos! Uma felicidade! 

Grupo Reverbel de Teatro! Um sonho coletivo que começou com uma arte-educadora recém formada e idealista e seus alunos, na Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes.Éramos uma família. Foram seis meses de ensaios e produção. Seis longos meses. Mas valeu a pena cada segundo.

Uma dessas fotos foi na casa dos meus pais. Os ensaios eram uma festa! A estréia do grupo foi com a adaptação (para uma hora) da peça, Vivaldino Servidor de dois Amos (Adaptação da Obra Arlequim, Servidor de dois Amos, do autor italiano Carlo Goldoni, com tradução de Millor Fernandes), da Comédia DellÁrte, com prêmio de melhor ator para Glauber Von Runkel.

Cada um seguiu seu caminho e o Grupo Reverbel, em homenagem à Olga Reverbel que escreveu diversos livros sobre Teatro na Escola, ficou em nossas memórias! 

E hoje, vendo-os com suas famílias e profissões, tenho orgulho de ter plantado uma semente de educação, alegria, do amor pela vida, pela cultura, pela disciplina para alcançarmos nossos objetivos!


Glauber Runkel, Marlon, Ticiane, Marina, Karina Esquivel, Anderson, Leonardo Calixto e Carmen Eugenio de franja no meio dos alunos (atores)

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5 de abril de 2022

Valéria, minha amada irmã


 

Eu a admiro, pela guerreira que é,

não somente pela empresária de sucesso

que tornou-se, frente à Celebrare Viagens,

mas pela mãe amorosa do piloto Pedro Landi

e pelo ser humano que distribui palavras de encorajamento,

 a todos do seu convívio!

Valéria promove e engrandece pessoas!

Esse foi o legado dos nossos pais.

E ela compreendeu muito bem a lição.

Eu vejo nela, a competência, a determinação, a coragem

e a pressa em realizar os sonhos muito nítidos.

Valéria sabe dar valor a cada dia da sua preciosa existência.

Eu desejo bençãos infinitas em sua linda Vida,

muita saúde, sucesso, amor, alegrias infinitas!

Obrigada por ser minha companheira de jornada por toda a vida!

Obrigada por existir em minha vida e por se importar comigo, também !

Você é um ser único

e agradeço a Deus, todos os dias,

pelo privilégio de conviver com você. Eu te amo, Val!




Victor Eugenio, Carmen Eugenio, Valéria Eugenio



1 de abril de 2022

Ao Sthéfano, Meu Filho, Meu amor

Você chegou às vinte e três horas e

cinquenta e cinco minutos,

do dia quatro de outubro de 1992.

Eu já o aguardava, desde as dezenove horas,

quando você, de maneira insólita,

avisou que chegaria antes do combinado.

Um domingo em família, com a trivial pizza, conversas e risos.

Alguns meses antes, organizamos seu quarto,

e, sinceramente, colocamos muito amor em cada detalhe.

Me atualizei,

li tudo o que existia sobre o assunto,

que cercava tão notório acontecimento.

Sim, porque sua chegada, implicou em mudanças profundas

em minha vida.

O momento, trouxe-me a seguinte impressão: senti que minha existência, dividiu-se.
Eu não era mais apenas ‘eu’.
Havia me transformado em duas pessoas: eu e você.
O vi, como parte de mim.
Então, a partir do conhecimento da sua existência,
a minha própria existência,
multiplicou-se.
Ou dividiu-se. Não sei bem.
Matemática nunca foi meu forte.
Quando saímos de casa, para a maternidade, éramos dois.
Quando voltamos, com você nos braços, éramos três.

Naquele domingo, perto de meia-noite,

o doutor José Eduardo Silveira dos Santos, me perguntou,

com uma gentileza que só ele possui nesses momentos

que transformam, definitivamente, nossas vidas:

Você quer esperar mais cinco minutos?

Eu, então, respondi,

com a propriedade que meus vinte e poucos anos permitia:

Doutor, o Sthéfano pode vir, agora.

Ele nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço e

talvez, se esperássemos mais, seria complicado.

Benção de Deus, intuição de mãe, dia de São Francisco de Assis...

Mãe é assim. Toma posse absoluta, da fé necessária para blindar um filho.

Escolhi seu nome, estudando a numerologia para chegar ao número ‘Um’:

independência, autonomia e coragem para enfrentar desafios.

O que mais uma mãe pode querer para seu filho?

Uma mãe, quer tudo de bom para seu filho, mas acima de tudo, quer protegê-lo.

Também pensei em ajudá-lo nas provas orais da escola,

em que, os alunos com nomes que iniciam com a letra ‘S’,

ficam para o final.

Hoje, meu primogênito, um ser humano de qualidade ímpar,

que admiro como ninguém, está trabalhando, escolheu a engenharia civil como profissão e

está lutando pelo seu espaço, buscando honrar seu pai, sua mãe e toda sua ancestralidade.

Procuramos guiá-lo por princípios que

o deixem distante de dificuldades

e o fortaleçam para os momentos desafiadores.

E eu, continuo orando,

pedindo a Deus para protegê-lo, em todos os seus caminhos.

Eu o amo, com um amor que jamais pensei existir.

Eu o amo, incondicionalmente.

Obrigada meu filho, por existir em minha vida,

por  transformar-me em uma mãe

e por ensinar-me a amar,

infinitamente.

















 

 

 

 

 

 

 

 

 

31 de março de 2022

A Vida

 

A vida,

tal qual dança caudalosa de ciclos,

expande memórias,

e reverencia minha ancestralidade,

num resgate semiótico,

de cada história.

 

Esperei por vezes,

gratas surpresas,

agasalhadas em celofane

e trançadas em horizontes.

 

Já abreviei caminhos,

já estilhacei apreços,

por acreditar na proximidade,

de milagres e recomeços.

 

Eu não estive só,

mas bebi,

rouca e inerte,

no cálice da solidão.

 

Sigo, por vezes, calada,

adornada de loquaz verniz.

Alternando períodos,

Simples ou compostos,

Vibrando, sempre,

a emoção de uma aprendiz.



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

17 de novembro de 2021

Estelar

  

Escrever, é o melhor das minhas horas.

Gentileza que impulsiona profunda devoção,

de vida e entrega, de outorga e ofício,

onde reverencio frases e terna expressão.

 

Observo o fluxo, procuro a vibração da energia.

Um pórtico audaz, anestesia fragmentos de luz,

antecipando eventos, intensos e calorosos,

alinhados à verdade de uma primavera que seduz.

 

Não ouso interpretar tal sacerdócio,

Onde o êxtase consagra-se transcendente.

Sinto a alma florescer sã, lunar, estelar,

solto, então, palavras que pulsam no presente.

 

E assim, sigo, quase que movida por instinto,

e me entrego à prática da licença poética,

como uma cerimônia, juramentada e avassaladora,

que me leva a criar versos e poemas sem métrica.

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

2 de maio de 2021

O Espectro e a Dialética

Passamos a vida

procurando por respostas,

acreditando em pessoas,

buscando espaços

para expressar nossas verdades.

 

Coexistentes do espectro

que baila pujante

pelo ardil plúmbeo

dos reveses,

incineramos,

diversas vezes,

retóricas condensadas

por qualquer vaidade,

remanescente e tóxica,

em fogueiras intrépidas,

adornadas

por espasmos comoventes

de chamas febris

e faíscas irascíveis,

contundentes e perversas.

 

Trazemos a esperança

compilada em manuscritos,

arrancada de entranhas

seculares e secretas,

que desaguam em

versões e ressureições,

esquecidas entre as brumas,

debruçadas em tórrida

revelia

e trazidas

na alvorada

moldurada

pelo esplendor

do sol nascente.



 

 

 

.

Mate o Ego

Mate o Ego

 

Dome a impetuosidade e

Brevidade de suas emoções.

Para um ser humano inteiro

de consciência plena

que não depende

de outra metade.

 

O equilíbrio dorme

nas profundezas

das razões,

entorpecidas

pela essência

da autoimagem,

de um ego equivocado

e mesquinho.

 

Ouça as pessoas.

Extravie suas opiniões.

Mate o ego

Para emergir

Da angústia e

Resplandecer na

Incoerência das

Convenções reversas

e ajustes insólitos.

 

 



 

Expectativas Sintéticas

Somos traídos,

Dia após dia,

Pelas expectativas

que criamos.

Nos decepcionamos

com pessoas,

por depositar

nossa totalidade

existencial no outro.

Diz respeito

somente a nós mesmos,

a responsabilidade

pelos sentimentos.

 

Sim,

muitas expectativas

são descartáveis.

Posso brindar a Perls,

com a melhor

e mais expressiva,

cepa de Shiraz,

pelo despertar

da consciência

em oração

‘Eu sou eu

Você é você.

Se nos encontrarmos,

Será lindo.

Se não, nada há a fazer.’

E está tudo bem.





 


25 de abril de 2021

Ame-se Um Tanto Assim

Logo cedo,

em frente à estrada,

seguindo o trecho,

no cerne de capilaridade.

Cortando a cana,

bebendo seu caldo,

ou estrilando senhas e diapasões

pelas guaviras dos cerrados.

Ame-se

Um tanto assim.


Mesmo enfrentando

horrores e serpentes,

elegante sobrevivente,

do espanto e da discórdia.

Renuncie à catarse distópica,

num preâmbulo qualquer,

em epifania de querubim.

 

 

9 de março de 2021

Solene Amor Líquido

Não perca tempo

Com jogos emocionais,

subversivos, apelos crueis

e cenas teatrais.

 

Não faça pactos

De amor líquido.

Bauman,

bem entenderia.

Quem sabe essa,

seja única armadilha.

 

Num encontro

Com o irascível e prolixo,

Existe o prenúncio

De divagar pelas falésias

do Espelho,

Em solene reconciliação

Com o próprio eu.



   

7 de março de 2021

Diálogos possíveis

Por favor,

desligue os interruptores ao sair.

Não corra o risco

de encontrar algum espectro,

com intenções desbotadas,

extraviado em algum aposento.

 

Bata a porta devagar,

evitando a rudeza da trava.

Diálogos possíveis,

são os melhores desatinos.

 

Se esforce para submergir,

sincrético e humano,

da cruel veemência

dos detritos da teoria ufana.

 

Ao percorrer essa narrativa sinestésica

e pendurar a ruína dos rótulos,

desperte como um diamante,

ao desprender-se de um passado, 

posto, enfim, distante.


Carmen Eugenio




 

 

26 de fevereiro de 2021

Quem Sabe a Gente

 

Faríamos tudo diferente

Embora a paciência

Esteja com os dias contados.

Tentamos amiúde,

Um diálogo elaborado,

Um discurso ensaiado,

Um encontro articulado.

 

Nos encontramos

Outras vezes,

Num jantar à luz de velas

brindando por todas músicas

em serenatas na janela.

 

Olhamos a parede,

Buscando definir

alguns timbres.

 

Enquanto você fica aí

Esperando que tudo se ajeite,

Eu fico aqui,

Acreditando na gente.



24 de fevereiro de 2021

Eu, Dissonante

 

Deixe que o sentido

De cada palavra,

Se revele na inexata imensidão

Do seu eu,

cristalino e dissonante.

 

Pegue uma valise e pronto.

Acomode suas lamentações ali.

Um acessório compatível

Com a importância de algum dissabor.

 

Depois, siga confiante

Coloque algo confortável

Um sapato sóbrio,

Um batom carmim

e ainda o perfume

com notas de jasmim.




 

 


23 de fevereiro de 2021

Aroma de Cassis

 

Essa pantomima

Com traços de maledicência

Alcança resquícios desbotados

e limites pessoais.

 

Sem querer maldizer

crenças e dogmas

Mas existem fragmentos

revestidos de convenções sociais.

 

Sei que o esconderijo,

é tentativa inepta.

Mas tem um atrevido

e insistente  

aroma de cassis.



 

 

 

Acordes e Intuição

Acordes e Intuição

 

Pare de analisar

e dissecar acordes.

O que você precisa,

na verdade,

é apenas observar.

 

Toda essa mania

de simular tragédias emocionais,

com saídas e despedidas,

apoteóticas e proibidas,

pode revelar-se inócua

para escapar do deserto

e seus intermináveis

discursos áridos.

 

Chame os escribas.

Recolha-se
na emancipação

Que disfarça o obvio

e dilacera alguma intuição.

 

 

 





Está chegando o Dia

 

Está chegando o dia

Um dos mais esperados.

Sonhado,

elaborado, celebrado.

Eu não sei dizer

De emoção precisa,

sentimento

 e significado.

 

Só sei dizer

Que é como

correr para um abraço,

Apertado, sincero, demorado,

Pelos arredores do mundo,

No contorno de sua raia.


Ou andar descalço,

Sereno, sozinho, inteiro,

alinhavado com a brisa

e o crepúsculo, pela areia da praia.




 

 

 

 

 

22 de fevereiro de 2021

Pequenos Pecados

 

Sinta...

Seja...


Ouça o vento,

no prólogo

do encanto.

Tentativas vãs

de pequenos pecados.

Sutilezas sãs

de projeções recíprocas

e recados alados.

 

Sinta o tempo

em seu transcurso

inexorável.

Ouça, respire, alcance

a ancestralidade plena.

Um enredo impecável

com porções e anseios

de predicados sensatos.




 

9 de fevereiro de 2021

Urgentes e Ungidos

 


Esbarrei nos seus segredos,
Mas segui precisa.
E você, aí parado
Como um enfeite,
Monótono, lacônico
Subtraindo meus sentidos,
urgentes e ungidos,
sem disfarces ou vaidades.
Rasgando meus versos,
no calor da proximidade.



Eloquentes Mistérios

 

Contávamos morangos

Sobre a mesa.

Episódios banais

ao cair do dia.

E, então, encontramos

uma nobre vilania

Quem diria.

 

Um descaminho transverso,

trançava hemisférios

e atropelava o lirismo.

Impetuoso e benigno.

 

Descontruímos ruídos,

Para enlatar

Eloquentes mistérios,

em um mundo movido pelo amor,

pelo ódio

ou pelas controvérsias.