22 de maio de 2010

A ARTE-EDUCAÇÃO E OS MEUS SONHOS


Essas aulas são de modelagem em Argila. Motivo de muita felicidade para as crianças e muita dor de cabeça para o pessoal da limpeza. Por essa razão, acabaram proibidas pela direção da escola.
Tristeza para mim e para as crianças.
Então eu resolvi contar dois dos meus sonhos.
Um, é que toda escola pública possa ter uma sala de artes com bancadas individuais e instalações apropriadas para esse fim. Assim, o arte-educador poderá receber os alunos em um ambiente adequado para desenvolver as atividades de artes.
O que acontece hoje, é o seguinte: O professor de artes, tem uma aula apenas de 45 minutos onde é praticamente impossível verificar o aproveitamento de todo o seu potencial. As aulas , ao menos,deveriam ser geminadas.
Como podemos observar nas fotos, as crianças, carentes de atividades lúdicas no seu dia-a-dia, por razões largamente propagadas, ficam intensamente felizes nas aulas de artes. São aulas em que sentem-se motivadas para desenvolverem sua capacidade de criação e auto-expressão.
Hoje, na escola em que trabalho, as aulas de modelagem em argila e papel maché, estão proibidas porque não há tempo para limpar as salas. Afinal de contas, eu e as crianças,vamos sujando sala por sala. Se fosse uma sala só, seria muito mais fácil a manutenção. Então eu pergunto: de que adianta tanto preparo na Universidade, se não encontramos um lugar para exercer nossas inúmeras habilidades?
É triste constatar que anos de ensino obrigatório da arte não desenvolveu a qualidade estética da arte-educação nas escolas.
Hoje, em Campo Grande/MS, há apenas uma escola municipal que possui uma sala de artes.

18 de maio de 2010

E FIM? ENFIM...

Engraçado como às vezes temos a nítida impressão de que erramos com alguém. Mas não sabemos como foi, onde, de que maneira que aconteceu...em que pedaço do caminho a gente se perdeu...se desconectou...
Só sentimos a cisão.
Que vontade de perguntar: onde foi que eu errei?
Mas, geralmente, ficamos sem resposta. Como se houvesse a obrigação de saber, como se estivesse implícita a responsabilidade da ciência do fato em si.
Eu não sei o que o outro pensa.
Eu não sei o que você pensa, enquanto você não me disser.
E porque a maioria das pessoas acredita que temos a obrigação de traduzí-las, só porque a amamos ou porque gostamos delas mais do que o normal?
Eu sou apenas um ser humano tentando acertar e ser feliz. Nada mais.
Tenho quase certeza de que muitas vezes a beleza, o dinheiro, a fama e o poder não significam,necessariamente, felicidade.
Esta, geralmente, está acompanhada de equilíbrio e inteligência emocional.
Gostaria, ao menos, de ter a chance de me explicar quando me sinto incompreendida.
Ou me achar, quando me sinto perdida.
E nem são poucas vezes assim...