Escrever, é o melhor das minhas horas.
Gentileza que impulsiona profunda devoção,
de vida e entrega, de outorga e ofício,
onde reverencio frases e terna expressão.
Observo o fluxo, procuro a vibração da energia.
Um pórtico audaz, anestesia fragmentos de luz,
antecipando eventos, intensos e calorosos,
alinhados à verdade de uma primavera que seduz.
Não ouso interpretar tal sacerdócio,
Onde o êxtase consagra-se transcendente.
Sinto a alma florescer sã, lunar, estelar,
solto, então, palavras que pulsam no presente.
E assim, sigo, quase que movida por instinto,
e me entrego à prática da licença poética,
como uma cerimônia, juramentada e avassaladora,
que me leva a criar versos e poemas sem métrica.