5 de dezembro de 2021

Tudo outra vez no Verão

 

O verão chega no fulgor da manhã,

assaz sorridente por janelas envidraçadas.

Um calor de dezembro e abraços fraternos,

se estendem nas horas de tardes molhadas.

 

Os poros se abrem entre sorrisos,

suores perdidos em toque ardente,

o ardor de um sopro que tanto inspira,

a consciência desperta, de um clamor latente.

 

Tudo outra vez no verão,

sem insistir nos mesmos pecados.

O solstício prediz movimentos de luz,

e o sabor de manga, traz sublimes recados.



 

 

4 de dezembro de 2021

Por Toda a Vida

 

Comemoramos novos ciclos e recomeços.

Relembramos juntas, memórias e despedidas.

Razões para celebrar a vida, os encontros,

amizades da infância, alegrias sem medida.

 

Tiramos afagos das nossas histórias,

Colhemos expressões de poesias,

Alguns silêncios surgiram serenos,

Momentos necessários em nossos dias.

 

Palavras sinceras cortavam a noite,

notas de vinho brindavam o presente.

E o tilintar das taças, pulsando gentis,

Anunciavam com graça: Enfim, a gente!



 

 

 


17 de novembro de 2021

Estelar

  

Escrever, é o melhor das minhas horas.

Gentileza que impulsiona profunda devoção,

de vida e entrega, de outorga e ofício,

onde reverencio frases e terna expressão.

 

Observo o fluxo, procuro a vibração da energia.

Um pórtico audaz, anestesia fragmentos de luz,

antecipando eventos, intensos e calorosos,

alinhados à verdade de uma primavera que seduz.

 

Não ouso interpretar tal sacerdócio,

Onde o êxtase consagra-se transcendente.

Sinto a alma florescer sã, lunar, estelar,

solto, então, palavras que pulsam no presente.

 

E assim, sigo, quase que movida por instinto,

e me entrego à prática da licença poética,

como uma cerimônia, juramentada e avassaladora,

que me leva a criar versos e poemas sem métrica.

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

29 de outubro de 2021

VIDAS SECAS

 

Eu preciso falar da seca

Que dilacera os sonhos,

A vida da semente,

A água da nascente.

A seca contada por Graciliano,

que não só destrói o solo

mas torna árido o coração de toda gente.

 

Vidas secas que se entrelaçam,

Se encontram na esperança

dos caminhos sem certezas.

No olhar de cada filho

de semblante desnutrido,

esparramado pelo tempo.

Tormento que arranca a água do chão

e põe escassez na alma, através do vento.



 

 

 

 

 

27 de outubro de 2021

Legenda

 

Procurei legenda que estivesse

à altura de cada conviva da imagem,

um letreiro ou qualquer coisa,

que indicasse no formato:

talentos de alta voltagem

reúnem-se de fato.

Alegria em extrato

Poetas, atores e gestores,

nem precisam de contrato.

Declamação, sonho, fantasia

e era apenas o ensaio,

da Noite da Poesia.

Mas fizemos nosso trato:

Daqui ninguém sai,

Sem o nosso porta-retrato!

(Carmen Eugenio)

A Noite da Poesia será dia 29 de outubro, sexta-feira, 19h no Armazém Cultural! Uma realização da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Sectur e Uniao Brasileira de Escritores - MS.



 

24 de setembro de 2021

É Primavera Em Toda Esquina


A primavera coloriu meus quadrantes,

Em um sinestésico crepúsculo carmim

Tramas trazidas, trançadas por encanto,

Espalhadas pelo vento, estrelas-de-anis.

 

Em todas as esquinas, poesias,

setembro de flores, são cores,

serenos espaços, aumentam os laços,

encontros possíveis são doces amores.

 

E na emoção de todo dia,

na invenção de cada eu,

a melodia da primavera inspira,

Tudo aquilo, que ainda não aconteceu.



23 de setembro de 2021

Eu Faço Uma Pequena Oração Para Você

 

Afinal, às vezes tudo se resume

Em uma extraordinária trilha sonora.

E nos vemos dançando no meio da sala,

o eterno soul de Aretha Franklin,

onde ela diz, “eu faço uma pequena oração para você”.


E encostamos no sagrado,

apostamos no milagre da prece,

do pedido, da vida, do amor e da gratidão.

Embalamos novamente nossos sonhos e sorrisos,

e recomeçamos, porque nunca deixamos de acreditar.


Ouça o som do mundo, escute mais as pessoas,

entre em sintonia com seu coração,

e sinta uma alegria única e mágica,

que vibra com a leveza sutil do universo,

a qual deram o nome:

Paz de Espírito.



 

 

 

 

19 de setembro de 2021

CONSTELAÇÃO, O AMOR

 

E em tudo, está o amor,

Desde o orvalho da manhã,

À brisa do arrebol.

No sorriso de uma criança,

no beijo que invade nossa escuridão.

O amor está nas ondas do mar

nas estrelas, no luar.

E assim, o amor está em nós,

Em todo talvez, ou em cada ‘eu te amo’,

Em algo, em tudo, ou quase nada,

Como água, fogo,

como sopro e vento.

O amor é o Todo, a natureza,

Algo de que não se pode fugir,

Algo que se possa fluir,

Algo que se deixe existir,

Ainda que não se possa ter.

Porque o amor

Enquanto flor

Não é posse.

É perfume,

é sentir,

etéreo,

e simples, assim.


(A gente passa a vida procurando fora, o que está dentro da gente...)



 

 

 

28 de agosto de 2021

Sabedoria

A melhor parte da vida, 

é quando a gente chega na estação chamada ‘sabedoria’ e entende ,

 finalmente, 

que as respostas sempre estiveram dentro de nós mesmos. 

E paramos de culpar os outros 

pelas nossas mazelas existenciais . 

E por mágica , elas desaparecem ! 

Aí vem a tão esperada e abençoada, plenitude ! 

É sorte? Não ! É aprendizado contínuo! 

Somos seres humanos em evolução!

Carmen Eugenio



7 de agosto de 2021

Meu Pai

Meu pai é aquele cara 

que sempre esteve ao nosso lado. 

Festa dos pais, festa junina, 

festa dos amigos, aniversários.

Nos levou à escola, ao parque,

ao clube, às baladas.

Dancei com ele a valsa dos quinze anos,

depois ele


me ensinou a dirigir,

me levou à faculdade

e um dia, com um sorriso no rosto

me entregou os diplomas de formatura.

Meu pai me conduziu ao altar

no dia do casamento.

Meu pai me preparou para a Vida,

e eu descobri que a Vida

me deu um super Pai!






28 de julho de 2021

BIOGRAFIA CARMEN EUGENIO

            Carmen Eugenio nasceu em Cuiabá, dia 6 de agosto. Filha de Victor Eugenio e Flória Britez Eugenio (in memorian), irmã de Marcos Francisco Napolitano de Eugênio, Greice Britez de Eugenio, Telma Cristina B. de Eugenio (in memorian), Valéria B. de Eugenio, Victor de Eugenio Filho e Daniela Britez de Eugenio. Mãe do Sthéfano Eugenio Ferro e Stella D'Eugenio.

Mestranda em Desenvolvimento Local, pela UCDB, Pós-Graduada em Direito e Gestão Pública, Executivo e Legislativo, pela faculdade Insted, bacharel em Direito, pela Universidade Católica Dom Bosco UCDB/ 1996 e graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS/1988.

Desenvolve ações nas áreas de Gestão e Produção Cultural, Elaboração e Parecer de Projetos, Comunicação e palestras. Foi diretora teatral, compositora, poetisa e violonista desde os sete anos de idade.

 Sua trajetória profissional é exercida na Prefeitura de Campo Grande, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, onde ingressou por concurso público para os cargos de Gestora Cultural, em 1992 e em 2008 ingressou por concurso público para a Secretaria Municipal de Educação, como arte educadora.

Como gestora pública da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, já esteve à frente das divisões de Literatura, Comunicação, Fomento, Cerimonial e Etnias tendo escrito e realizado inúmeros projetos culturais para a cidade de Campo Grande e ocupou por três vezes a cadeira de Conselheira no Conselho Municipal de Políticas Culturais. Pelo conjunto de seu trabalho, já recebeu as seguintes homenagens:

“Medalha Cultura da Paz” – outorgada pela Câmara Municipal de Campo Grande em 2019; Moções de Congratulações pela publicação de seu primeiro livro "Escartelate" e pela autoria do projeto "Encontro de Etnias", outorgadas pelo ilustre amigo, confrade e parlamentar Otávio Trad; Moção de Congratulação pela sua trajetória profissional pelo amigo e vereador Professor Riverton. Escolhida como uma das "Mulheres Inspiradoras da Cidade Morena", pela EM Governador Harry Amorim Costa, em 2020.               Publicou seu primeiro livro de poesias "Escartelate", em 2021 e em 2023, lançou o livro de poemas e crônicas Estrela do Ócio.             Ocupa a cadeira de número 28 na Academia de Letras do Brasil-CG e cadeira de número 23 na Academia Luso-Brasileira de Artes e Poesias. Filiada à União Brasileira de Escritores - MS.

Em 25 de agosto de 2022, recebeu o Título de Cidadã Campo-Grandense, (decreto nº 2.806 de 12 de julho de 2022, publicado no diário oficial nº 6.706, de 14 de julho de 2022),por indicação do vereador Otávio Trad. Currículo completo no SMIIC - Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais, Agente Cultural nº1966.

Currículo Lattes

ORCID

Secretária de Cultura e Turismo apresenta nomes para compor a Comissão Gestora do FMIC-Fomteatro/2024

Conselheiros municipais de Cultura são empossados em Campo Grande

Conselheiros de Cultura são empossados em Campo Grande

UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES MS

TÍTULO CIDADÃ CAMPO-GRANDENSE

“Escartelate – Poesia em Toda Esquina’’, primeiro livro de Carmen Eugenio

Escartelate

Escritora Carmem Eugenio realiza pré-lançamento de livro 'Escartelate, Poesia em Toda Esquina'https://www.acritica.net/editorias/cultura/carmem-eugenio-pre-lancamento-de-livro-escartelate-poesia-em-toda/511796/



























Prosa publicada no Jornal O Estado, pela magnífica escritora, minha Dinda Literária
 e Imortal da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Sylvia Cesco. 
(para ler na íntegra, é necessário fazer o download no computador)





























































 

 

 

4 de julho de 2021

Dialetos de Inverno

 

O inverno rompe de jeito intenso,

carinho cortês, notável e devasso,

dialeto secreto que excede limites,

calor velado e pulsante, sela o abraço.

 

Narrativas cerradas debruçam precisas,

Tingem minha face de rubro escarlate,

Transigem arroubos, enunciam a estética,

Despem olhares e idílio, como arremate.

 

Versos quentes despontam apressados,

Agasalham, sobejos, o frio da solidão.

Delírios absolutos, movem-se em fascínio,

Prescindem, categóricos, os que aqui estão.


20 de junho de 2021

A Moça Com Brinco de Pérola


 

A Moça Com Brinco de Pérola,

De olhar e mistério profundo,

Uma das obras Barrocas,

mais famosas do mundo.

 

Lápis lazúli em seu lenço,

Forma, sombra e luz,

Revelam seu drama cotidiano,

Contornos que a pintura traduz.

 

A obra encontra-se na Holanda

e Vermeer, assina a criação.

E assim, a arte permeia a história,

e os rumos estéticos de sua feição.



 


13 de junho de 2021

Licença Poética

E por achar-me assim,

meio louca

meio santa,

É que sigo acreditando,

que amarei até o fim.

Sem medos, nem arrependimentos,

Sem as respostas que não teve de mim.

Sem o tempo que escorreu pelos anos,

vagando entre o profano,

dos prováveis desenganos.

 

Detalhes sem proveito,

Que não apartam nossa retina.

Lembrei-me daquela rotina,

ouvindo Espanhola no rádio.

Guarabira entenderia

o quanto eu amaria

mesmo sem os instantes,

que te fizeram raro.

 

Peço à licença poética,

seja cúmplice de tal relato

por ostentar a intensidade,

bendizendo o amor de fato.

 

Às avessas de zelo profundo

e distante de tal arrebatamento,

percorro intuição manifesta,

abrigada em brioso lamento.



9 de junho de 2021

LABIRINTO




Percorro um labirinto

Onde as palavras se escondem.
Nem sei como entrei.
Não me preocupo em sair.


Aprecio o inexato,
Abstrato
e o extrato da emoção.
Ainda que não me sobrem respostas
Ou pronomes oportunos
Eu, nós...

Estamos sós,
Caminhando por vogais.


Acredito e coexisto
nos acordes de
ilusões e desejos.


Passaria tudo a limpo,
mas não perderia a intenção dos rascunhos.




7 de junho de 2021

O Momento Ideal

 

O momento ideal

É o que se vive agora.

Sem expectativas extremas,

Sem certezas, sem demora.

 

Pelo melhor momento,

Não paralise seus dias,

Corra riscos calculados,

por fecundas alegrias.

 

Tenha coragem, vá em frente,

Mesmo rente à epiderme vil,

Lídima é a impermanência,

Na insensatez de rude ardil.



 

 

6 de junho de 2021

Letárgica Impressão

Não se assombre

com o porvir eivado,

tragando as horas

da graça, ao desbarrancado.

 

Não se iluda.

Tudo não passa de

Uma letárgica impressão

Oportunista e melancólica.

 

Somos humanos,

Somos falíveis,

Estamos evoluindo.

Somos incríveis.

 

Seja seu guia, o amor,

a flor que drena a dor,

o sol a resplandecer,

o canto do beija-flor,

o orvalho do alvorecer.





 


5 de junho de 2021

Ela, Macabéa

 

De simplicidade comovente,

Macabéa é o retrato

da miséria material,

e da miséria existencial,

implacável e insolente,

que nos arranca

de forma potente,

o insigne verniz social.

 

Macabéa,

em suas fragilidades,

escancarou os preconceitos,

e os signos da marginalidade,

pois carregava sobre si,

o desprezo da sociedade.

 

Na Rádio Relógio,

essa mulher invisível,

inspira sua mente

limitada e rizível.

Uma mulher,

Sem muitos cuidados,

ou qualquer vaidade

mas que trazia no rosto,

alguma suavidade.

 

A datilógrafa com seus sonhos

e tragédias de verdade,

incomodava por lembrar ao mundo,

suas próprias iniquidades.


Alimentava seu corpo

apenas com coca-cola,

e cachorro quente.

Viu definhar sua saúde,

acabou ficando doente.

 

E por andar assim,

desatenta e displicente

terminou por encontrar a morte,

que a fez estrela, tardia,

em dor pungente.







 

 

1 de junho de 2021

Jardim das Epifanias

 

Não escapes

o tempo inteiro,

e não insistas

nesse estranhamento débil,

por toda a vida.

Não há limite

para incoerência do enredo

sem sentido, 

onde o inesperado 

pode acontecer.

E, então, 

a revelação,

o extraordinário

jardim das epifanias.


No bailar lispectoriano,

inclusive o amor,

gravado em turbulência,

denota o perigo

de estar só, 

uma solidão inexorável.

 

Viver é gênero da opulência,

viver é bom.

Viver é um processo,

pode doer,

mas existe o prazer,

infinito e

intumescido,

pela sua intensidade

que transborda,

amiúde.


Para enxergar o belo

em um universo de

conveniências rasas,

existem os detalhes,

que prescindem ao contexto,

descobertos pela hermenêutica

de um fluxo de consciência.


É preciso ultrapassar o óbvio

das utilidades perversas

e inventar alguns paradoxos,

em que a vida não poderá sucumbir.



 

 

 

 

30 de maio de 2021

Está tudo bem

 

Um dia,

Você acorda

Com vontade de mudar o mundo.

Um dia,

Você acorda com vontade de consertar o mundo.

Um dia,

Você acorda com vontade de aceitar o mundo.

Um dia,

Você acorda e ama o mundo,

Do jeito que ele é.

E todo aquele sofrimento, acaba.

E então,

Você entende.

Você faz parte do mundo

E o mundo,

Está dentro de você.

Está tudo bem.




22 de maio de 2021

Liturgia do Cinzel

No refúgio da liturgia

Ora bronze, ora nada,

A vida traz desafio

e entalhe à jornada.

 

À revelia de cada dor,

Sem o lastro do esteio,

Em inócuo desvario,

o cinzel descerra o veio.

 

Pelas tramas soturnas,

Desprovidas do matiz,

Revela-se a simetria,

De um loquaz aprendiz.



 

 

 

 

 

 

 

17 de maio de 2021

Pôr-do-Sol em Barcelona

 

Essa é a melhor parte.

Pela taça de um Tempranillo,

apreciar pôr-do-sol da primavera.

Perder-se pelo tempo,

Á procura de conchas

cobertas pela areia.

 

O mar mediterrâneo,

não poderia

Conspirar da melhor forma,

Com aquelas notas audíveis,

vindas das ondas espumantes.

 

Risos clandestinos,

águas congelantes

E fitamos inebriados,

um dileto ocaso em Barcelona.

 


 

16 de maio de 2021

Mentiras

 

Mentiras

Existem

São óbvias

Repetem-se

Desafiam

Entristecem

Diminuem

Disfarçam

Afastam

Crescem

Insistem

Destroem

Terminam

Encerram. 



 

Benção da Natureza

A magenta me abraça

Com vagar, peremptória,

Na certeza de enlevar

minha alma

em doçura e prazer.

 

Se não fosse

esse contentamento e beleza,

não poderia congratular

minhas histórias,

na nítida, notória, inconteste,

benção da natureza.




 

15 de maio de 2021

Estrela do Ócio

Estaria, tal insígnia,

estrela do ócio,

que floresce, espalha e alenta,

vagueando docemente

pelos jardins em poesia.

 

Um sentimento ardente,

de expressão ávida

e toque cálido,

onde reside o calor,

de velada ousadia.

 

Seus registros,

impressos com certa polidez

em papel carbono,

acalentam os dias,

apesar do sopro,

constante e contumaz,

de um sereno frio de outono.

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

12 de maio de 2021

Contemplação

No caminho entre estradas e becos,

repleto de contemplação,

uma alegria sem intermitências,

alterna versos e solidão.

 

Nessa confluência de ilusão

brotam teorias da vontade,

brindam harpas e arcanjos,

no arranjo da verdade.



 

 

 

 

 

 

Cadência Imaginária


Movimentos,

palavras e ausências.

E a melhor parte da história

é a que não se fala.

No ritmo do irreal,

a imaginação exala.

 

Perder-se entre o céu e o chão.

mera tribulação

sem caminhar pelo óbvio,

da profecia ou tradução.


Nessas parcas cronologias

e interrupções temporais,

o anacrônico vira poesia,

de encontros surreais.



 

 

3 de maio de 2021

Mãe, Minha Proteção

 

Proteção é um dom,

antes do nascimento.

Manta que te aquece

e priva do sofrimento.

 

É palavra que orienta,

abraço longo e afago na dor.

Traz manhãs iluminadas

no cuidado cheio de calor.

 

Beijo na face,

mão estendida,

mãe é anjo,

por Deus escolhida.

 

Faz comida predileta,

Põe roupa quente, cobertor.

Mãe tem leitura de alma,

carinho, ternura e louvor.

 

E encerrando essa homenagem,

manifesta em sentimento profundo,

preciso dizer da sua coragem

e do seu amor, o  mais sublime do mundo.