outros nem tanto...
Mas sempre nos dá a chance de festejar muitos recomeços.
Carmen Eugenio
...e nos infinitos das flores e em cada canto deste mundo, passo a compreender melhor as cores que inundam meu abrigo, que enfeitam as esquinas e toda consagração.
Emoções nasciam e
Desmoronavam
Naquele lugar.
Aquela inquietação não cedeu
ao perigo iminente.
E mesmo quando tudo escureceu
Restou um canto incandescente
Que insistia
no recomeçar de cada grão.
Eu viajo pelo seu cheiro
E imagino o sabor da nossa aventura.
É difícil resistir a tamanha atração.
É humanamente irresistível
seu poder de persuasão.
É incontrolável.
Não consigo desviar,
Despistar,
ou negar o óbvio: sou louca por você.
Fico imaginando as consequências de uma entrega frenética:
Você, vivendo em cada curva do meu corpo,
Consumindo cada fração de pensamento.
Irrepreensível, magnético.
Sem fuga de paradigmas, estereótipos ou clichês:
Eu o desejo.
Quero você em minhas mãos,
em minha boca,
impregnando minha existência.
Não sei se preciso da sua presença
Ou se a invento
Se a anseio...
Mas, jamais
Terás minha indiferença
Porque é sentença, ainda que pecado...
Eu o adoro, Bolo de Chocolate.
Nem sempre somos o que parecemos
Nem o que aparecemos,
Mas o resultado de acontecimentos
Diversos,
Adversos,
Perversos,
Complexos
e Perplexos.
Sobrevivemos do que algumas ilusões orquestraram
ou ocasiões sugeriram.
Ilusões, fantasias,
êxtases, decepções.
O que importa
é não perder o embarque
para o próximo instante
e carimbar sua história com coragem.
O que importa
é ter vontade
e acreditar que muita coisa pode dar certo.
Convivendo com os medos e brindando a graça.
Afinal,
Equívocos,
tropeços e atalhos também abrem caminhos.
Eu quero ser sutil,
sem parecer ingenuidade.
Eu olhei ao redor e não encontrei ninguém.
Esperei ver, novamente,
um olhar, uma voz.
Desejei entender segredos,
dançar e caminhar sem pressa.
Quando queremos muito ver alguém
Ou o tempo não passa...
Ou passa rápido demais.
Não considero o impossível.
Em algum momento,
Vem o acalento
E o sentido à vida.
Romance com maçã-do-amor.
De
vez em quando,
Sem perceber direito,
A luz
Desaparece
Não sei por quê,
Não sei como,
...para onde vai?
Fico a procurar
E a
querer
Que não desapareça,
Não me abandone ao breu.
Ao suprimir o clarão
põe em chaga o meu coração.
E eu,
Despojada de postura estóica
Por demorada ausência,
Encontro-me em abstinência involuntária,
Da
simbiose que me abraça
Docemente.
Ando sobre marés...
as águas
levam o tempo
e o tempo muito
me traz.
Algo,
insistentemente,
querendo
sobrevir à obliquidade
do meu
pretenso auto-controle.
E por que não?
Surja,
rompa
distâncias,
desafie
hipóteses,
divirta-se
volatizando retóricas
de alguma
sensatez.
Se pensa,
se aposta,
eu junto
uns ´possíveis`
com vastos
quereres
e dezenas
de talvezes.
No espelho,
uma esfinge
desnuda e atônita
espectadora
do elo
com o fortuito surreal.
Prazer, eu sou apenas eu.
Não sei se sei dizer tudo sobre minha vida.
Mas gosto de conversar
sem tempo para terminar.
Sem aparatos, retratos, contratos e extratos
quero apenas ser ou estar.
Sou alguém que gosta de olhar para o céu
e me esqueço contemplando o mar.
Caminho
pelas nuvens,
Tenho sonhos e um violão.
Carrego
vontades e sei sorrir.
Conheço estradas e solidão.
E se outro dia se transformar
em todo o tempo ou muitas horas
Talvez eu aprecie cada segundo
E tenha saudade da sua presença.
Quando me encontrar
me ouça sem
tanta razão.
Quem sabe o
nada
Transponha estação.