Sinto necessidade de partilhar algumas observações constatadas no cotidiano do exercício da profissão. Boa parte das minhas manhãs laborais têm sido dedicadas a esse fim.
O estudo das Artes tem sido obrigatório no ensino fundamental e ensino médio no Brasil desde 1971 a partir de um acordo oficial MEC-USAID (EUA), que reformulou a Educação Brasileira, estabelecendo os objetivos e o currículo configurado na Lei Federal nº 5692 denominada "Diretrizes e Bases da Educação", uma criação ideológica de educadores norte-americanos.
Antes que eu inicie minhas incursões nesta seara, faz-se mister mencionar a pioneira em arte-educação no Brasil, Ana Mae Barbosa, principal referência no país para o ensino da Arte nas escolas, tendo sido a primeira brasileira com doutorado em Arte-educação, defendido em 1977, na Universidade de Boston e a primeira pesquisadora a se preocupar com a sistematização do ensino de Arte em museus, durante sua gestão como diretora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo MAC/USP
É autora de diversos livros e artigos fundamentais para o estudo nesta área e em 1987 desenvolveu o primeiro programa educativo em Arte-educação no Brasil, baseado em sua "proposta triangular" para edificar conhecimentos em Arte:
• Contextualização histórica;
• Fazer artístico;
• Apreciação artística.
No universo chamado escola pública, o principal desafio é dirimir impedimentos que atravancam e retardam o avanço da arte-educação, para aproximar a arte dessa realidade social.
Nesse cenário, para mim um laboratório experimental, elencarei óbices do cotidiano.
Uma equação, um desafio, um processo de estreitamento e comunhão de mundos ainda desiguais mas com uma promessa de êxito enquanto acreditar-se na arte como uma linguagem universal.
Eu e minhas alunas: Izabella do 2°ano e Kiohara de Teatro