Quero conhecer a pessoa certa.
É o que mais ouvimos.
Mas quem é essa pessoa?
Queremos encontrar a pessoa certa,
mas será que somos?
faça acontecer,
Companheirismo,
É um trabalho diário.
leva tempo e boa vontade,
compreensão, lealdade,
...e nos infinitos das flores e em cada canto deste mundo, passo a compreender melhor as cores que inundam meu abrigo, que enfeitam as esquinas e toda consagração.
Quero conhecer a pessoa certa.
É o que mais ouvimos.
Mas quem é essa pessoa?
Queremos encontrar a pessoa certa,
mas será que somos?
faça acontecer,
Companheirismo,
É um trabalho diário.
leva tempo e boa vontade,
compreensão, lealdade,
Equívocos, tropeços e atalhos também abrem caminhos.
(publicado em julho de 2011)
Contávamos morangos
Sobre a mesa.
Episódios banais
ao cair do dia.
E, então, encontramos
uma nobre vilania
Quem diria.
Um descaminho transverso,
trançava hemisférios
e atropelava o lirismo.
Impetuoso e benigno.
Descontruímos ruídos,
Para enlatar
Eloquentes mistérios,
em um mundo movido pelo amor,
pelo ódio
ou pelas controvérsias.
Meu herói não usa capa,
Não pode voar,
Meu herói é de verdade
E está sempre a me auxiliar.
Sua presença é constante,
Seus conselhos, não vivo sem,
É amigo em todas as horas,
Parceiro como ninguém.
Meu herói é meu pai,
Participa da nossa lida,
Muitas vezes é até ‘Pãe’,
Nos dá atenção, apoio e guarida.
E assim caminhamos juntos,
Aprendendo toda lição
E enfrentando desafios,
Por você, todo amor e gratidão.
E ao celebrar seu aniversário,
E sua Melhor Idade,
Comemoramos sua vida,
Desejando toda felicidade.
#cartasDoConfinamento #JânioQuados #BilhetesParaBombinha #TBT
Corumbá, 1968.
- Dr Jânio, os jornalistas já chegaram para a coletiva, - avisou meu pai, Victor Eugenio, ao ex presidente.
Mamãe Flória, então, foi me buscar, eu estava brincando perto dele.
-Victor, disse mamãe . O Dr Jânio não pode aparecer em público com os cabelos presos por uma Chuquinha.
- como assim? Vou falar com ele.
- Dr Jânio que Chuquinha é essa na sua cabeça? Precisamos tirar urgente.
- Meu Deus Victor Eugenio. Com certeza foi a Carminha que colocou. Ela estava penteando meus cabelos 😂. Mas essa menina não para! É uma “Bombinha” !
...E assim, eu Carmen Eugenio, recebi o apelido de “Bombinha” do presidente Jânio Quadros, meu avô afetivo. E eu, sua neta afetiva!
Bombinha numa alusão à Bomba de Hiroshima, jogada em 6 de agosto (dia do meu nascimento). Eu não parava quieta e ele adorava brincar comigo e me encher de presentes.
Localizei algumas cartas para o papai, em que ele me menciona. Sodré era o governador de São Paulo.
Eu cresci e sempre fomos amigos. Ele me ensinou o amor pela língua Portuguesa, pela leitura, pelas artes, pelo Direito e me chamou de Bombinha até seu falecimento. E eu, o chamei de avô. Até o fim de sua vida! ❤️💖.
Eles não
querem Uva Passa
E fazemos
nossa Ceia assim:
Um pouco
deles vou buscando
E deixando
muito de mim.
Quando a
esperança nos envolve,
Tudo se
equilibra, tem seu rumo,
O sentido do
congraçamento ressignifica
e nos coloca
em sensato prumo.
Como se
nunca houvesse tristeza,
Nunca, no
poder do advérbio, sem desentendimento,
Trazendo o Eterno,
o enlace, o fraterno
e o
verdadeiro sentido do nascimento.
E nas manhãs
sem desatinos,
Ouso e faço
meu louvor,
Espírito Natalino
envolva as famílias
Na divina
Paciência, Sabedoria e Amor.
Para o Ano que chega,
Escolha o perfume de uma flor,
algo que valha a pena,
Da paisagem à retórica do amor.
O mundo tem
boas surpresas
E o extraordinário ao redor,
Dê chance a essa beleza,
E tudo ficará ainda melhor.
Não se deixe cegar pela antítese da alegria,
Pois antes
de cada passo e em cada oração,
existe a semente de um querer bem
e a centelha da própria criação.
E pode acreditar
Que seu ano será diferente,
Cheio de convívios sinceros
e instantes singulares pela frente.
Ele quer, te
olha e tem vaidades,
Faz deboche da tua
escuridão
Ao dissipar
arroubos e possibilidades
Vê desnecessária
tal pretensão.
Sua pueril ternura e ácida frieza
Estilhaçariam
emoções insondáveis.
É opcional compartilhar
a incerteza
E recortes de
meus afetos inefáveis.
E assim o é
E o seria
Ainda que brando
estivesse.
Ainda que eu partisse, volátil,
O abismo então,
se compraz tardio,
Desatando o nó, do meu próprio canto sombrio.
Abro os braços.
Existem motivos para seguir adiante.
Depois do sofrimento,
O aprendizado me faz confiante.
São nas trilhas dessa vida
Que encontro alegrias,
sorrisos e algumas armadilhas.
E tudo dá sentido aos dias.
Quando há revés
Faço oração,
Ocupo o tempo,
Acalmo o coração.
Tudo passa bem depressa,
A vida é feita de momentos,
Tem música, tem verso,
Na celebração de cada acontecimento.
As respostas virão com o tempo,
Vislumbro razões, aprimoro a mente,
O mundo corre pelas veias,
O sol sempre brilha novamente.
Hoje o dia acordou cinza,
com jeito molhado,
Me dizendo
sobre manhãs
De encanto e
céu nublado.
O aroma era de
café forte,
Algo cálido
que se instalava
Enquanto a
semana, por sorte,
Novos planos,
anunciava.
E cantam
bem-te-vis
Em dança que
verte proeza
araras aos
pares se espalham
Num espetáculo de rara beleza
Estive a léguas de um canto seguro,
Andando com
vestes coloridas,
Insisti, roguei
aos santos e juro,
Cheguei a
tempo de ver janelas floridas.
Seria
desnecessária qualquer providência
Sem a benção
de fé revestida.
Aprendi que
é de praxe a reverência
Que cada um
deve ter pela vida.
Não desisti
na primeira queda,
Nem abusei
da mão estendida,
Valor maior
que qualquer moeda
É louvar amizade e acolhida.
Visitando segredos
pelo tempo,
Escritos em
versos pela cidade,
Sendeiro testemunha alento,
Transforma o ciclo em festejo de verdade.
Embala e dá o tom, menina,
O suspiro é do glacê,
O vestido evasê,
A saia godê,
O quarto rosé.
Escuta aquele som, menina,
Não chegues tarde,
Não faças alarde,
O sol arde,
Benze-te e te guardes.
Cadê o teu batom, menina?
Se for para tua felicidade
Domas a realidade,
Enfrenta com dignidade,
Conquista a faculdade.
Decifra o teu dom, menina,
Alcanças teu lugar,
Aprendas a te amar,
Queira te concentrar,
Vejas tua vida desabrochar.
Há pétalas sobre a varanda,
O sol invade a escuridão,
A bergamota que permeia o espaço,
Incensa e afasta a solidão.
Ela é plena, move o mundo
E expande o horizonte
Convicções e zelo profundo,
Por ser terra, mãe e instante.
Seus credos e segredos,
Doce sopro e labareda,
Esplendor de certezas e medos
Descortinam azul vereda.
Alma negra dança lua
Que carrega tradição,
Uma força que cultua
Amor, entrega e emoção.
Partilha teu sentimento,
Transborda sensatez,
A beleza que trazes na alma,
Revela-se na tua tez.
Não sei se exala perfume
Ou espalha sonhos outra vez.
Desliza pela guia
que exprime tua essência
tingida por carmim,
em sã consciência.
Serena, desacelera o passo
e suaviza a permanência.
Quando despertas e respiras
no ensejo da reconciliação
com teu universo raro
trazes no bojo, imaginação.
Cantaria teus prelúdios,
Negra tez, que vibra emoção.
(Obra da artista Isadora Cullmann - CG-MS)
Na mesa estavam: papai, mamãe, vovô e vovó. Depois de vários dias e muitos nomes, restaram apenas dois nomes para escolherem: Carla ou Stella. Carla, por ser feminino de Carlos, nome do papai, portanto, escolha dele. Stella era escolha da mamãe, por significar 'Estrela'. Então começaram a votação e por fim, o nome escolhido foi Stella.
Meus avós ficaram muito felizes com meu nascimento. Primeira neta, uma alegria na vida deles. Minha avó sempre brincava comigo, me levava para comprar vestidos e fazer muitos passeios. Mas, principalmente, minha avó me ensinava a importância de Deus em nossa vida. Sempre íamos à igreja, todos juntos, aos domingos e todos os livros que ela me dava, eram com histórias de Jesus. Ela adorava me contar histórias.
Porém, um dia, quando eu já estava com seis anos, meu pai me chamou e me contou que minha avó estava com uma doença muito grave e que ela seria operada. Eu tinha certeza de que minha avó seria vitoriosa e ela foi. Apesar do câncer tão agressivo de que foi tratada minha avó, ela lutou, fez um longo tratamento e ficou bem. O médico lhe deu alta e meses depois, minha avó estava dando palestras de superação na igreja. Como eu admirava sua coragem e determinação! Ela poderia estar triste, reclamando, mas não, ela agradecia sempre a Deus pela vida, pela oportunidade de estar novamente com sua família e amigos.
O médico disse que, se passassem cinco anos sem voltar a doença, ela estaria curada para sempre. E cinco anos se passaram. Vi minha avó muito feliz e plena. Realizando muitas atividades, muito esperançosa e cheia de vida. Porém, para tristeza de todos, depois de cinco anos, o câncer voltou, dessa vez no pulmão.
Vovó então, começou novamente, todo o tratamento necessário, sempre com o apoio do meu avô. Eu nunca vi desânimo em seu rosto, nem em suas palavras. Ela enfrentou tudo com coragem e confiança em Deus.
Depois de quase um ano de tratamento, o câncer tomou o cérebro da minha avó, e ela não resistiu. Ela nos deixou, em uma manhã de primavera. Sim, nossa flor se foi, mas nos deixou seu legado de coragem, determinação, respeito, confiança e fé em Deus. Assim ela permanecerá para sempre em nossos corações.
Eleva teu olhar
Que o instante passa,
Esquece o tempo
E urgências rasas
Vê os malabares que encantam as esquinas.
A cidade talvez não perceba,
O espetáculo, a beleza, a destreza
Que invadem, resolutos,
Nossos frágeis palcos urbanos.
O arremesso preciso
Do artista com seu sorriso,
Oculta dor
e drama invisível
Que permeia a paisagem
De cenário contundente.
Arte de querer latente
Num pulsar transitivo
e despertar contrito.
Meu pai é aquele cara que sempre esteve ao nosso lado. Festa dos pais, festa junina, festa dos amigos, aniversários, até serenatas que faziam para a gente ele estava junto. Um dia ele cismou de matricular, eu e a Valéria em uma aula de datilografia, às 7 da manhã. Meu Deus pai. Como assim?... Mas enfim, nos formamos na tal da datilografia com louvor. Um dia ele inventou um tal de despertador para não ter que acordar um por um, afinal éramos 4 filhos. Mas não era um despertador qualquer, aquilo mais parecia um relógio de parede de tão grande, orelhas imensas, e gritava mesmo. Confesso que aquilo me assustou muito. Papai resolvia por decreto, e ele decretou que cada dia , o “cebolão ‘ dormiria no quarto de um filho e este chamaria os outros irmãos para a escola. No meu dia eu enrolava o cebolão no cobertor e o colocava dentro do guarda-roupa. Ufa! Me livrei do forte Tic Tac durante a noite e ele tocava suave de manhã. Eu acordava plena e chamava a turma. E assim, achei um jeito de conviver com a nova ordem.
Um dia ele acordou, trabalhado na bondade, e concordou que poderíamos ir pela primeira vez à uma balada, quase aos 18 anos de idade 😰, mas que deveríamos voltar às 23h. Meu Deus pai, a balada começa às 23h. Um dia ele acordou cedo para nos levar para o vestibular e depois nos apoiou para ir ao encontro dos nossos primeiros empregos. Um dia ele comprou uma casa em um condomínio chamado Jardim Das Paineiras, distante sete quilômetros do centro. Meu Deus pai, você está escondendo a gente de quem? por quê? Aí ele brincava: Quero ver algum namorado chegar até essa distância . Mas chegaram. E um dia, pediram suas filhas em casamento e ele levou cada uma ao altar. Ele embalou seus netos e hoje, procura conversar com todos. O tempo passou, mas nosso herói continua o mesmo de sempre e, então, buscamos honrar cada segundo que Deus nos proporciona ao seu lado. Ao lado do nosso herói , nosso melhor amigo, nosso pai querido e tão amado. Por causa do meu pai, nós descobrimos que o dia dos pais é todo dia! Gratidão, exatamente,por tudo🙏🏻 #pai #paiheroi #amordepaiComemorar a vida
É sentir a magia
das horas
feito brisa que
sopra no rosto.
Comemorar a
vida,
é ver que a
beleza do dia
pode estar no
cair da tarde,
no ensejo de um
abraço.
ou no afago do
aroma de alecrim.
É música que
invade o jardim.
E nos infinitos das
flores
e em cada canto
deste mundo,
passo a
compreender melhor
as cores que
inundam meu abrigo,
que enfeitam as
esquinas
e toda
consagração.
O escartelate da
minha infância...
guardo a
lembrança,
do sabor, do
doce, da emoção.
Por tudo,
sempre,
Gratidão.
(Carmen Eugenio 6 de agosto de 2020)
(Escartelate é um doce italiano que minha avó paterna, Carmen Eugenio, fazia para todos os netos. Família típica italiana, sentávamos, efusivos, eufóricos e entusiastas, ao redor da mesa da sala quando então, vovó entrava, solenemente, com os escartelates mergulhados no mel, para deleite dos convivas. E todos nós temos essa deliciosa memória afetiva até hoje. E pelo resto de nossas
Há instantes,
Reguei
primaveras no jardim.
São movimentos e
texturas,
Que me envolvem
no retiro.
Numa lenta
cadência
e despretensioso
vagar.
Tem cheiro de
manjericão no ar.
E o vento à
espreita,
me encontra só,
como um resoluto
esteta,
que contempla luas
de quarto-crescente
com algodão doce
na soleira.
E assim,
O caos se aquieta.
Em livros e
poemas,
busco a
companhia de palavras,
para atravessar
o ciclo
e alcançar a revoada.
Eu iria longe,
Muito longe,
Além das minhas mais sublimes pretensões.
Alcançaria distâncias
Escondidas e esquecidas
Datadas e revisitadas,
Onde deixei discursos ensaiados,
e histórias polvilhadas
De voar além claustro.
Seguiria resoluta
Mas encontrei impermanência.
E, assim, escolhi fresta
Que me levasse a qualquer lugar.
Ensaiei acenos
E desisti da insistência
De um Ficar impossível.
Eu
já peguei muitos atalhos,
vivi
alguns perigos,
mas
nenhuma aventura se compara,
quando
me perco no brilho dos seus olhos.
Quando eu busco ser melhor,
dissecando minhas dores
e limitações pessoais,
eu enxergo o outro.
Passo de vítima a protagonista.
Isso promove relações
E possibilita a harmonia.
Entrelaça. Aproxima. Acolhe.
Quando abandono certezas
e razões pessoais,
e me desculpo com alguém,
Eu crio pontes, teço possibilidades,
Dou um passo para o congraçamento.
O sagrado é tudo o que nos
norteia
e o que existe em nós mesmos.
Doar de si, faz mais sentido.
Transforma o mundo.
Ressignifica e promove a paz.
De repente em algum lugar
você encontra alguém
que faz a caminhada valer a pena.
Não abracei tristezas
e não escolhi colher espinhos.
Assumo estações instáveis
em que me coloco assombros.
Descortino fases, votos, risos e sensações profundas,
Sem saber do tempo que resta.
Janelas ensolaradas anunciam enlevo,
Mas meu andar, esbarrou em escombros.
A história passa assim, rapidamente,
Rente à foz, quando da transição.
Escuto presságio de lucidez
Que me inspira e apaga a desordem.
Em evolução comprimida,
Na escalada desse isolamento inóspito,
Vejo cenas cintilantes de calor infinito.
Verbos afáveis salvam meu repertório
e tornam possível minha tênue,
mas consistente,
expressão do ser.
Ele é especial
E sabe disso.
Nesse tempo,
É tanto e tudo.
Quando fala, quando indaga
ou quando fica mudo.
Quando torna-se movimento
ou paralisa qualquer instante.
Seus contornos, alquimia.
Derrete algumas verdades,
Meu impulso contagia.
Ele é, em meu mundo,
Um muito de todas as coisas,
De qualquer canto
E qualquer cor.
Por seus olhos,
Meu encanto, permeia.
Desejo sensorial pleno,
momentos sem chão.
Formato de coração.
Há ainda o arremate
De abraços e vontades,
espasmo de quereres.
E a cada encontro,
onde as certezas tiram o talvez,
Celebro com alegria
Estar ao seu lado,
Contando tudo,
mais uma vez.