Carmen Eugenio e Edson Clair
Carmen Eugenio - Coordenadora do Calçadão Cultural
...e nos infinitos das flores e em cada canto deste mundo, passo a compreender melhor as cores que inundam meu abrigo, que enfeitam as esquinas e toda consagração.
Título de Cidadã Campo-Grandense
Eu a admiro, pela guerreira que é,
não somente pela empresária de sucesso
que tornou-se, frente à Celebrare Viagens,
mas pela mãe amorosa do piloto Pedro Landi
e pelo ser humano que distribui palavras de encorajamento,
a todos do seu
convívio!
Valéria promove e engrandece pessoas!
Esse foi o legado dos nossos pais.
E ela compreendeu muito bem a lição.
Eu vejo nela, a competência, a determinação, a coragem
e a pressa em realizar os sonhos muito nítidos.
Valéria sabe dar valor a cada dia da sua preciosa existência.
Eu desejo bençãos infinitas em sua linda Vida,
muita saúde, sucesso, amor, alegrias infinitas!
Obrigada por ser minha companheira de jornada por toda a
vida!
Obrigada por existir em minha vida e por se importar comigo,
também !
Você é um ser único
e agradeço a Deus, todos os dias,
pelo privilégio de conviver com você. Eu te amo, Val!
Você chegou às vinte e três horas e
cinquenta e cinco minutos,
do dia quatro de outubro de 1992.
Eu já o aguardava, desde as dezenove horas,
quando você, de maneira insólita,
avisou que chegaria antes do combinado.
Um domingo em família, com a trivial pizza, conversas e risos.
Alguns meses antes, organizamos seu quarto,
e, sinceramente, colocamos muito amor em cada detalhe.
Me atualizei,
li tudo o que existia sobre o assunto,
que cercava tão notório acontecimento.
Sim, porque sua chegada, implicou em mudanças profundas
em minha vida.
Naquele domingo, perto de meia-noite,
o doutor José Eduardo Silveira dos Santos, me perguntou,
com uma gentileza que só ele possui nesses momentos
que transformam, definitivamente, nossas vidas:
Você quer esperar mais cinco minutos?
Eu, então, respondi,
com a propriedade que meus vinte e poucos anos permitia:
Doutor, o Sthéfano pode vir, agora.
Ele nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço e
talvez, se esperássemos mais, seria complicado.
Benção de Deus, intuição de mãe, dia de São Francisco de Assis...
Mãe é assim. Toma posse absoluta, da fé necessária para blindar um filho.
Escolhi seu nome, estudando a numerologia para chegar ao número ‘Um’:
independência, autonomia e coragem para enfrentar desafios.
O que mais uma mãe pode querer para seu filho?
Uma mãe, quer tudo de bom para seu filho, mas acima de tudo, quer protegê-lo.
Também pensei em ajudá-lo nas provas orais da escola,
em que, os alunos com nomes que iniciam com a letra ‘S’,
ficam para o final.
Hoje, meu primogênito, um ser humano de qualidade ímpar,
que admiro como ninguém, está trabalhando,
está lutando pelo seu espaço, buscando honrar seu pai, sua mãe e toda sua ancestralidade.
Procuramos guiá-lo por princípios que
o deixem distante de dificuldades
e o fortaleçam para os momentos desafiadores.
E eu, continuo orando,
pedindo a Deus para protegê-lo, em todos os seus caminhos.
Eu o amo, com um amor que jamais pensei existir.
Eu o amo, incondicionalmente.
Obrigada meu filho, por existir em minha vida,
por transformar-me em uma mãe
e por ensinar-me a amar,
infinitamente.
A vida,
tal qual dança caudalosa de ciclos,
expande memórias,
e reverencia minha ancestralidade,
num resgate semiótico,
de cada história.
Esperei por vezes,
gratas surpresas,
agasalhadas em celofane
e trançadas em horizontes.
Já abreviei caminhos,
já estilhacei apreços,
por acreditar na proximidade,
de milagres e recomeços.
Eu não estive só,
mas bebi,
rouca e inerte,
no cálice da solidão.
Sigo, por vezes, calada,
adornada de loquaz verniz.
Alternando períodos,
Simples ou compostos,
Vibrando, sempre,
a emoção de uma aprendiz.
A Tia Malê
Mulher,
tão plena, move o mundo,
O verão chega no fulgor da manhã,
assaz sorridente por janelas envidraçadas.
Um calor de dezembro e abraços fraternos,
se estendem nas horas de tardes molhadas.
Os poros se abrem entre sorrisos,
suores perdidos em toque ardente,
o ardor de um sopro que tanto inspira,
a consciência desperta, de um clamor latente.
Tudo outra vez no verão,
sem insistir nos mesmos pecados.
O solstício prediz movimentos de luz,
e o sabor de manga, traz sublimes recados.
Comemoramos novos ciclos e recomeços.
Relembramos juntas, memórias e despedidas.
Razões para celebrar a vida, os encontros,
amizades da infância, alegrias sem medida.
Tiramos afagos das nossas histórias,
Colhemos expressões de poesias,
Alguns silêncios surgiram serenos,
Momentos necessários em nossos dias.
Palavras sinceras cortavam a noite,
notas de vinho brindavam o presente.
E o tilintar das taças, pulsando gentis,
Anunciavam com graça: Enfim, a gente!
Escrever, é o melhor das minhas horas.
Gentileza que impulsiona profunda devoção,
de vida e entrega, de outorga e ofício,
onde reverencio frases e terna expressão.
Observo o fluxo, procuro a vibração da energia.
Um pórtico audaz, anestesia fragmentos de luz,
antecipando eventos, intensos e calorosos,
alinhados à verdade de uma primavera que seduz.
Não ouso interpretar tal sacerdócio,
Onde o êxtase consagra-se transcendente.
Sinto a alma florescer sã, lunar, estelar,
solto, então, palavras que pulsam no presente.
E assim, sigo, quase que movida por instinto,
e me entrego à prática da licença poética,
como uma cerimônia, juramentada e avassaladora,
que me leva a criar versos e poemas sem métrica.